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Boas práticas da modelagem de processos de negócio


Introdução


Este Padrão de Modelagem contém as definições gráficas, simbologia e notação para as iniciativas de modelagem de processos, com o objetivo de obter a padronização, coesão e consistência das informações inseridas nos projetos da MD2 Consultoria.
O documento apresentará de forma prática, proporcionando a orientação inicial necessária para os envolvidos no mapeamento de processos.
Relacionamos os padrões de modelagem, conceitos, diagramas, os objetos e configurações iniciais da ferramenta MD2 Quality Manager. Deve ser utilizado como um guia por todos os envolvidos na gestão de processos e em projetos.
Para a atualização e a evolução deste Padrão de Modelagem é utilizado o depoimento dos colaboradores, prestadores de serviço, analistas de processos, clientes e todos que de alguma forma conheçam e estejam envolvidos em projetos e gestão de processos.    


Conceitos e Definições


- Gestão de Processos ou BPM - Business Process Management: (Gestão de Processos de Negócio) metodologia utilizada para modelar uma notação ilustrando o processo de uma maneira simples e clara.
- Diagramas: São representações gráficas que permitem a visualização simplificada de uma determinada realidade, promovendo, dessa forma, uma melhor compreensão dela. Os diagramas se estruturam com símbolos relacionados a diversos atributos, os quais são informações textuais que complementam a representação.

Processo de Negócio


Um processo de negócio é um conjunto de atividades ou tarefas estruturadas que são representadas por diagramas. A MD2 Consultoria utiliza o padrão BPMN - Business Process Model and Notation (Modelo de Processo de Negócios e Notação) para realizar a modelagem de seus processos. Abaixo apresentaremos os padrões da MD2 Consultoria para a criação de um processo.

Passo 1: Cadastrar o processo

Figura 1 - Cadastro de processo


Nome do processo: Deverá iniciar com a sigla do processo, que será formada pelas iniciais do nome do processo mais uma numeração de 3 dígitos, para diferenciar os processos que possuam as mesmas iniciais. O esquema detalhado pode ser visto na Figura 12 - Sigla dos processos.
Descrição da missão: É o detalhamento da razão pela qual o processo existe.
Descrição da visão: Visão de futuro de onde se espera chegar com o processo.
Descrição do negócio: Setores da empresa envolvidos com o processo.
Descrição do resultado: Resultado que se espera chegar com o processo.


Passo 2: Criar o Organograma    


Para a criação do desenho representativo do organograma, colocamos em destaque o maior nível hierárquico das áreas/setores em um tom mais escuro do restante assim ficando em evidência, conforme mostrado na Figura 2.

Figura 2 - Padrão de criação de cronograma.



Passo 3: Diagrama Macro ou Detalhado


Para o desenvolvimento dos Diagramas Macro e Detalhado a MD2 possui como notação metodológica o BPMN, que se trata de uma série de ícones padrão para o desenho de processos, o que facilita o entendimento do usuário. Ambos os diagramas possuem um padrão a ser seguido, a Tabela 1 detalha as representações gráficas e as cores padrões utilizadas. 

Tabela 1 - Objetos de representação de processo.

Nome do Objeto

Simbologia

Descrição

Cor (RGB)

Pool (Piscina)

 

Formato:

BPMN Geral


Representa um participante dentro do processo. Uma entidade interna ou externa.

 

Preencher: FF8000

Linha: 000000

Lane (Raia)

 

Formato:

BPMN Geral


A Lane é uma subpartição dentro de um Pool e aumenta o tamanho do Pool de forma horizontal ou vertical. Lanes (raias) são usadas para organizar e categorizar as atividades.

 

Preencher: FFCC99

Linha: 000000

Início

Formato: Geral / Circle


Determina o início de um fluxo de processo.

Preencher: 33FF33

Gradiente: FFFFFF Inferior

Linha: 009900 / 1pt

Início Múltiplo

Formato: Geral / Circle


Determina que existem várias maneiras de acionar o Processo

Preencher: 33FF33

Gradiente: FFFFFF Inferior

Linha: 009900 / 1pt

Término

Formato: Miscelânia / Double Circle


Determina o fim de um fluxo de processo

Preencher: FF0000

Gradiente: FFFFFF Inferior

Linha: CC0000 / 1pt

Tarefa

Formato:

BPMN Geral /

Task Process


Termo genérico para o trabalho que a organização realiza.

Preencher: 3399FF

Gradiente: FFFFFF Inferior

Linha: 007FFF / 2pt

Tarefa Usuário

Formato:

BPMN Geral /

Task Process +

User Task


Tarefa de workflow típica que uma pessoa executa com a assistência de uma aplicação de software.

Preencher: 3399FF

Gradiente: FFFFFF Inferior

Linha: 007FFF / 2pt

Tarefa Manual

Formato:

BPMN Geral /

Task Process + Manual Task


Tarefa que é esperada que seja executada sem o suporte de nenhuma aplicação de execução de processos de negócio ou outra aplicação.

Preencher: 3399FF

Gradiente: FFFFFF Inferior

Linha: 007FFF / 2pt

Tarefa Serviço

Formato:

BPMN Geral /

Task Process + Service Task


Atividade que ocorre automaticamente, ligado a algum tipo de serviço, sem necessidade de interferência humana.

Preencher: 3399FF

Gradiente: FFFFFF Inferior

Linha: 007FFF / 2pt

Enviar Mensagem

Formato:

BPMN Geral /

Task Process +

Send Task


Uma atividade de envio de e-mail

Preencher: 3399FF

Gradiente: FFFFFF Inferior

Linha: 007FFF / 2pt

Receber Mensagem

Formato:

BPMN Geral /

Receive Task


Uma atividade de recebimento de e-mail

 

Preencher: 3399FF

Gradiente: FFFFFF Inferior

Linha: 007FFF / 2pt

Script

Formato:

BPMN Geral /

Task Process +

Script Task


Executada pelo motor de processos de negócio. O modelador ou implementador define um script em uma linguagem que o motor de processos consegue interpretar.

Preencher: 3399FF

Gradiente: FFFFFF Inferior

Linha: 007FFF / 2pt

Tempo

Formato:

BPMN Geral /

Attached Timer Event 1


Utilizado para representar um fato relacionado a uma condição temporal (Data, tempo em dias ou horas).

Preencher: 3399FF

Gradiente: FFFFFF Inferior Linha: 007FFF / 2pt

Tempo

Formato:

BPMN Geral /

Attached Timer Event 2


Utilizado para representar um fato relacionado a uma condição temporal (Data, tempo em dias ou horas).

Preencher: 3399FF

Gradiente: FFFFFF Inferior

Linha: 007FFF / 2pt

Sub Processo

Formato:

BPMN Geral /

Sub-Process


O subprocesso está dentro do processo, mas possui fluxo próprio.

Preencher: CC99FF

Gradiente: FFFFFF Inferior

Linha: B5739D / 2pt

Base de dados

Formato:

BPMN Geral/ Data Store


Representa a existência de um banco de dados

Preencher: B3B3B3

Gradiente: FFFFFF Inferior

Linha: 000000

Decisor ou Desvio (Gateways)

Formato:

Geral / Diamond

 


Uma Decisão é usada para definir que rumo o fluxo vai seguir e para controlar as suas ramificações dos fluxos de sequência.

Preencher: FFFF00

Gradiente: FFFFFF Inferior

Linha: CCCC00 / 1pt

Gateway Exclusivo

Formato:

Geral / Diamond +

Avançado / Cross

 


Esse gateway, indica uma decisão, e apenas um dos caminhos poderá ser escolhido. Deve-se identificar cada caminho exclusivo, sinalizando em cima da seta de fluxo.

Preencher: FFFF00

Gradiente: FFFFFF Inferior

Linha: CCCC00 / 1pt

Gateway Paralelo

Formato:

Geral / Diamond +

Avançado / Cross

 


É utilizado quando não há decisão a ser tomada, e todos os caminhos devem ser seguidos paralelamente. Quando for necessário sincronizar os fluxos, utiliza-se o mesmo gateway.

 

Preencher: FFFF00

Gradiente: FFFFFF Inferior

Linha: CCCC00 / 1pt

Gateway Inclusivo

Formato:

Geral / Diamond +

Circle


Representa uma condição de fluxo inclusiva, em que pode haver uma combinação dos caminhos criados a partir do gateway, de acordo com uma informação a ser verificada.

Preencher: FFFF00

Gradiente: FFFFFF Inferior

Linha: CCCC00 / 1pt

Envio de Link


O link conecta as atividades de um mesmo processo, objetivando deixar o diagrama mais limpo.

Preencher: FFFF00

Gradiente: FFFFFF Inferior

Linha: CCCC00 / 1pt

Recebimento do Link


O link conecta as atividades de um mesmo processo, objetivando deixar o diagrama mais limpo.

Preencher: FFFF00

Gradiente: FFFFFF Inferior Linha: CCCC00 / 1pt

Fluxo de Sequência


O Fluxo de Sequência é usado para mostrar a ordem em que as atividades são processadas.

 

N/A

Entre Piscinas


A seta tracejada é usada quando há ligação entre uma entidade interna e uma entidade externa, ou seja, de uma Pool (piscina) para outra.

 

N/A

 

Associação


É usada para relacionar informações com objetos de fluxo.

N/A

Apresentado os recursos utilizados para elaborar os diagramas, o próximo tópico aborda boas práticas na utilização dos objetos.


BOAS PRÁTICAS DE UTILIZAÇÃO 


A cada alteração realizada no processo, devemos clicar em “Salvar”, garantindo que as informações não se percam. Tanto no desenho do fluxo de processos de negócios como na descrição de processo no MD2 Quality Manager.
As tarefas/atividades devem ser desenhadas dentro da lane (raia) responsável por elas, com a descrição iniciada por número que representa a ordem de execução e com verbo no infinitivo dando uma ideia de que a ação será realizada. Conforme a Figura 3.

Figura 3 - Utilização das tarefas/atividades.


OBS1: Cada atividade deve ser representada por um objeto, evitando-se colocar diversas atividades dentro do mesmo objeto conforme exemplo na Figura 4:

(a)

(b)

Figura 4 - Apresentação de separação de tarefas – (a) tarefas em um mesmo objeto, (b) tarefas separadas e mais de um objeto.


OBS2: O fluxo de sequência (linha de conexão) tem que ficar com “X” nas extremidades onde apresenta que as tarefas/atividades estão conectadas. Exemplificado na Figura 5.

Figura 5 - Apresentação de conexão das tarefas.


Na Figura 6, visualizamos as tarefas/atividades executadas em um ambiente externo dos processos, a mesma deverá ser desenhada com uma piscina separada da que representa o ambiente interno e o fluxo de sequência (seta que liga as tarefas) deverá ser pontilhada.

Figura 6 - Apresentação de utilização de tarefa externa.


O gateway de decisão representa o caminho a ser seguido, de acordo com a decisão. Vale lembrar que o gateway de decisão sempre oferecerá dois ou mais caminhos como alternativa; onde o processo deverá fluir por apenas um dos caminhos, no caso de gateway exclusivo; poderá fluir por um ou mais caminhos simultaneamente, no caso do inclusivo; ou deverá obrigatoriamente percorrer todos os caminhos de forma simultânea, no caso do paralelo. A Figura 7 traz os três possíveis decisores.

Figura 7 - Apresentação de utilização de gateway decisão.


Na Figura 8 é apresentado um exemplo de utilização do gateway exclusivo, apresentando 2 hipóteses para preenchimento de um formulário, que pode ser realizado de forma virtual ou física.

Figura 8 - Apresentação de utilização de gateway exclusivo


Na Figura 9, o primeiro gateway paralelo conecta a dois fluxos que serão executados em paralelo. Enquanto a tarefa “Escrever artigo” é realizada, as atividades “Selecionar imagens” e “Tratar imagens” também podem ser executadas. O segundo gateway faz a convergência dos fluxos, garantindo que a tarefa “Realizar diagramação” só seja executada depois que “Escrever artigo” e “Tratar imagens” tenham sido finalizadas.

Figura 9 - Apresentação de utilização de gateway paralelo.


O gateway inclusivo funciona como um “e/ou”, já que o caminho a ser seguido pode ser um e/ou outro de acordo com as informações e a lógica do negócio. A Figura 10 exemplifica essa situação:

Figura 10 - Apresentação de utilização de gateway inclusivo.


Na Figura 10, com o gateway inclusivo o usuário irá identificar a necessidade de um, dois, ou três dos documentos requeridos. Se para um processo em execução for identificada a necessidade da Negativa civil e Negativa criminal, mas não a de débitos, o processo seguirá pelas saídas “Negativa civil” e “Negativa criminal”, mas não pela “Certidão negativa de débitos”.
3.1.8. Apresentamos a utilização do envio e recebimento de Link e a tarefa que representa uma atividade que possui uma periodicidade de acontecimentos na Figura 11. A geração dos relatórios de acesso acontece mensalmente para a auditoria interna que possui um link para a avaliar a existência de contas de usuários desligados ativos.

Figura 11 - Apresentação de utilização de link e tarefa de tempo.